domingo, 30 de janeiro de 2011

Ciências naturais

Corpo humano e saúde (1º ano)

Objetivos
- Demonstrar curiosidade e conhecimentos prévios ou construídos para participar da investigação de temas ou problemas de interesse científico e cultural acerca do corpo humano e da saúde.

Objetivos para os demais anos
2º ano
Investigar temas ou problemas de interesse científico e cultural acerca do corpo humano e da saúde, distinguindo hábitos saudáveis de alimentação e sono.

3º ano
Investigar temas ou problemas de interesse científico e cultural acerca do corpo humano e da saúde - reconhecendo os diferentes fatores que compõem a saúde individual -, das transformações do corpo e do comportamento humano, em diferentes fases da vida.

4º ano
Investigar as funções de nutrição do corpo humano, reconhecendo propriedades dos alimentos e princípios da alimentação saudável.

5º ano
Investigar e valorizar conhecimentos sobre a natureza e as tecnologias
da atualidade, ou de outros lugares e tempos, compreendendo a extensa presença da ciência e da tecnologia nos dias atuais.

Conteúdos
- Observação de aspectos do corpo e das atitudes do ser humano, valorizando o respeito aos indivíduos e às culturas.
- Estabelecimento de valorização e de relações de hábitos de higiene pessoal e ambiental com a saúde pessoal e coletiva.
- Comparação entre seres humanos e outros animais quanto à necessidade de comida, remoção de sujeira e níveis de temperatura.

Propostas de atividades
- Situações frequentes de higiene pessoal das mãos e dos dentes, acompanhadas de conversas sobre a importância de afastar os micro-organismos e as doenças, junto com sujeira e resíduos.
- Situações frequentes de organização e limpeza do ambiente da sala de aula
ou outro espaço escolar, acompanhada de conversa sobre a importância de afastar os micro-organismos e as doenças, junto com sujeira e resíduos, e manter a beleza do lugar.
- Situações de conversa sobre atividades culturais em que se discutem também as características físicas das pessoas envolvidas para observar e valorizar a diversidade cultural e física das pessoas (em integração com História).
- Atividades com músicas com o nome de partes do corpo para apontá-las.

Formas de avaliação
- Observação, registro e análise sobre aquisição de hábitos de higiene pessoal e ambiental.

História

Cultura e sociedade (1º ano)

Objetivos
- Identificar e valorizar diferentes formas de convívio social compartilhadas nas brincadeiras, nos jogos e nas festas, no presente e em diferentes tempos.
- Reconhecer mudanças e permanências nesses hábitos culturais e registrar suas relações com grupos, elementos culturais e marcadores de tempo.

Objetivos para os demais anos
2º ano
Identificar e estabelecer relações entre diferentes hábitos alimentares da comunidade e de outras localidades, tempos e culturas (sociedades indígenas, quilombolas...), em diferentes ocasiões - cotidianas e festivas.

3º ano
Identificar a relação entre manifestações culturais na sociedade brasileira (festa junina, folclore, festa da primavera ou da árvore, Natal...) e em outras culturas - indígenas e quilombolas.

4º ano
Relacionar atividades locais e acontecimentos históricos com a preservação da memória de indivíduos, grupos e classes, do período colonial ao presente.

5º ano
Relacionar as histórias pessoais e das famílias à história do local em que moram, identificando a diversidade cultural da população e valorizando as diferenças de costumes dos grupos sociais e étnicos.

Formas de avaliação
- Pesquisa sobre os conhecimentos das crianças a respeito das convivências coletivas sociais e culturais e suas ideias a respeito de mudanças e permanências de algumas delas com o tempo.
- Confronto dos conhecimentos das crianças e suas hipóteses com os registros feitos no ano sobre a organização do tempo.
- Observação, registro e análise de como a criança procede nas atividades propostas.

Conteúdos
- Participação em conversa sobre as vivências sociais e culturais comuns nos grupos aos quais pertence, identificando as relações entre seus membros e suas vivências e costumes compartilhados.
- Relato de vivências próprias com jogos e brincadeiras.
- Participação em situações coletivas, sociais e culturais na escola, na família e na comunidade, com conversas a respeito das experiências.
- Apresentação supervisionada de pequenas exposições sobre eventos sociais e culturais, vividos na escola, na família e na comunidade.
- Interesse e empenho em identificar no calendário da comunidade os eventos sociais e culturais e em organizar essas vivências coletivas por meio do uso de marcadores de tempo.

Propostas de atividades
- Situações de participação em eventos sociais e culturais, na escola, na família e na comunidade, com conversas a respeito das vivências compartilhadas entre os participantes.
- Promoção de eventos sociais e culturais, como brincadeiras, jogos e festas, com conversas de valorização dessas vivências compartilhadas.
- Situações de audição de relatos sobre a história de brincadeiras, jogos e festas, da cultura das crianças e de outras culturas - distinguindo as do presente e as do passado - e identificando as relações que essas atividades estabelecem
socialmente.
- Situações de apresentação de pequenas exposições sobre eventos sociais e culturais vividos na escola, na família e na comunidade.
- Organização coletiva e registro (em textos, imagens e linha do tempo) de costumes relacionados a brincadeiras, jogos e festas de diferentes povos, culturas e épocas.
- Organização coletiva de painéis com a apresentação dos eventos sociais e culturais da escola e da comunidade.

Matemática

Números e operações (1º ano)

Objetivo
- Explorar as escritas numéricas, levantando hipóteses sobre elas - com base na observação de regularidades -, utilizando-se da linguagem oral e de registros pessoais.

Objetivos para os demais anos
2º ano
Interpretar e produzir escritas numéricas levantando hipóteses sobre elas - com base na observação de regularidades - utilizando-se da linguagem oral, de registros informais e da linguagem matemática.

3º ano
Construir o significado do número natural com base em suas diferentes funções no contexto social, observando as regras do sistema de numeração decimal.

4º ano
Ampliar o conhecimento do significado do número natural pelo seu uso em situações-problema e pela compreensão e utilização das regras do sistema de numeração decimal para leitura, escrita, comparação e ordenação de números naturais de qualquer ordem, em especial da ordem de grandeza de milhar.

5º ano
Compreender e utilizar as regras do sistema de numeração decimal, para leitura e escrita, comparação, ordenação e arredondamento de números naturais de qualquer ordem de grandeza, pelo seu uso em situações-problema e pelo reconhecimento de relações e regularidades.

Conteúdos
- Escritas numéricas observando regularidades e formulando hipóteses sobre suas regras.
- Uso da sequência numérica como apoio para a comparação de números e para a produção de escritas numéricas.

Propostas de atividades
- Ditado de números em que a criança vai revelando suas hipóteses sobre a escrita numérica, contando com a ajuda e a intervenção do professor para progredir em direção à escrita convencional.
- Uso da calculadora para a produção de escritas numéricas ditadas pelo professor.
- Comparação de diferentes formas de registro de um mesmo número, feito pelas crianças, e reflexão sobre essas diferenças.
- Situações em que as crianças precisem discutir como se comparam dois números com base em suas escritas, quando o número de algarismos que os compõe é diferente.
- Situações em que as crianças discutam como se comparam dois números que têm a mesma quantidade de algarismos

Formas de avaliação
- Observação, análise e registro de como a criança compara escritas numéricas e se associa a quantidade de algarismos à sua ordem de grandeza.
- Observação, análise e registro de como a criança compara escritas numéricas e como se observa que o primeiro algarismo é quem "manda".
- Identificação das características dos registros da criança.

Especial - Guia do Ensino Fundamental de 9 anos

A elaboração de um bom currículo para o Ensino Fundamental de 9 anos
A matriz curricular deve focar o ensino dos conteúdos das diversas disciplinas ao mesmo tempo em que preserva a infância, como mostra a proposta de Rio Branco
Guia do Ensino Fundamental de 9 anos
Apesar de todo o esforço para garantir a infraestrutura necessária à ampliação do Fundamental, é na área pedagógica que a entrada das crianças de 6 anos gera os maiores dilemas. O eixo da polêmica está na organização do currículo e na alfabetização inicial. É essencial estabelecer expectativas de aprendizagem
Língua Portuguesa
Oralidade (1º ano)

Objetivos
- Escutar ativamente uma exposição.
- Comunicar-se por meio da fala, ouvindo com atenção e adequando a linguagem à situação.
- Conversar num grupo, expressar sentimentos, ideias e opiniões.
- Relatar acontecimentos e expor o que sabe sobre os temas estudados.

Objetivos para os demais anos
2º ano
Comunicar-se por meio da fala, ouvindo com atenção e adequando a linguagem à situação; expressar sentimentos, ideias e opiniões; relatar acontecimentos e expor o que sabe sobre temas estudados; formular e responder a perguntas e intervir sem sair do assunto; explicar e compreender explicações e manifestar opiniões.

3º ano
Comunicar-se por meio da fala em diferentes situações de interlocução em que sejam manifestados sentimentos, ideias e opiniões, relatadas experiências, formulados convites e elaboradas conclusões sobre questões levantadas.

4º ano
Comunicar-se por meio da fala espontânea em diferentes situações de interlocução em que sejam manifestados sentimentos, ideias e opiniões; relatadas experiências; formulados convites; negociados acordos; e elaboradas conclusões sobre questões levantadas em discussões

5º ano
Comunicar-se por meio da fala em diferentes situações de interlocução em que sejam manifestados sentimentos, ideias e opiniões; relatadas experiências; apresentados argumentos; desenvolvidas reflexões críticas; negociados acordos; e elaboradas conclusões sobre questões suscitadas por fontes de informação.

Conteúdos
- Escuta ativa de uma exposição.
- Conversar com os colegas.
- Participação em situações de intercâmbio oral em que é preciso relatar acontecimentos e expor aspectos de temas estudados.
- Disponibilidade para manifestar sentimentos, ideias e opiniões e ouvir manifestações nesse sentido.
- Conversa sobre assuntos relacionados a vivências cotidianas.
- Adequação da fala ao conhecimento prévio dos ouvintes.

Propostas de atividades
- Situações de comunicação com colegas de classe e adultos.
- Rodas de conversa sobre temas cotidianos: brincadeiras e passeios preferidos, relação com irmãos e histórias prediletas.
- Rodas de conversa em que se tenha de manifestar opiniões sobre um livro ou um fato veiculado pela mídia, por exemplo.
- Situações em que se possa compartilhar sentimentos, por exemplo, sobre fatos ocorridos na escola, na família e no bairro.
- Situações em que seja necessário compartilhar ideias para resolver um problema, definir o destino de produções orais ou escritas, resolver um conflito etc.
- Apresentação de pequenas exposições sobre temas estudados em outras áreas de conhecimento.

Formas de avaliação
- Observação e registro de como a criança procede nas atividades propostas.
- Análise do registro das anotações sobre como ela produz textos oralmente em diferentes situações cotidianas, comparando-as para verificar a evolução.

Só se aprende numa escola bem cuidada

Manter o prédio limpo e organizado e a manutenção das instalações em dia é uma das ações pedagógicas que cabem ao gestor
A escola é um espaço, mas as paredes das salas, a quadra de esportes e os corredores são apenas o suporte para a aprendizagem de cada aluno e também para o trabalho de professores, funcionários, coordenadores e diretor. As dimensões dela se alteram conforme o papel de diretor-arquiteto desempenhado por aqueles que a gerem pedagogicamente.

Primeiro agente socializador da criança depois da família, a escola é o meio que a sociedade criou para dizer a ela "aqui temos um lugar para receber você!". A pessoa que a espera na porta deve estar pronta a lhe dar as boas-vindas. O portão e o muro bem pintados, os impecáveis corredores que levam do pátio até a sala, as paredes que exibem os trabalhos feitos em classe: tudo é a prova de que houve uma preparação para bem recebê-la. "Eu sou importante", ela pensa. E a segurança sobre essa sua importância é levada para a vida, e não apenas durante os anos de estudos.

Portanto, limpeza, ordem, boa sinalização, manutenção regular e cuidado com cada ambiente são agentes formais do espaço escolar que vão muito além da burocracia. Organizar um refeitório acolhedor e que permita a todos ganhar autonomia ao se servir e compartilhar a refeição com prazer, por exemplo, é um meio de demonstrar esse cuidado - como mostra reportagem da revista GESTÃO ESCOLAR de agosto/setembro. Ações como essa fazem parte do processo pedagógico, pois ninguém aprende onde não há um clima de respeito e de segurança.

Mais sobre gestão de espaço

Reportagens

Todos pela qualidade
Manual de manutenção da escola
O desenho de maquetes educacionais como essa e a definição do uso que terão vêm de um bom escritório de arquitetura com sede nas ideias do gestor, assim como nas de toda a equipe e dos pais.

O papel desse diretor-arquiteto é também permitir que se estabeleçam dois conceitos espaciais relacionados à escola: o primeiro é que ela é um local do aluno - e da sociedade. Lembro-me de uma pesquisa feita por estudantes da 5ª série com pessoas que levavam os cachorros para passear. A garotada constatou que o ponto escolhido para que os animais fizessem suas necessidades era a calçada e os muros da escola pública do bairro. Por quê? "Porque era um local público", respondiam. Para elas, o que é público não é de ninguém. Por isso, é necessário criar a consciência de que a escola é pública porque é de todos!

Sendo assim, as grades, por exemplo, nem sempre são uma proteção, pois a população do entorno pode pensar: "Esta grade é para proteger a escola de quem, senão de nós que moramos aqui?" A melhor forma para fazer a comunidade se apropriar dela como um bem público é abrir suas portas. Escolas que têm familiares de alunos e moradores do entorno envolvidos são mais limpas, menos depredadas, mais alegres.

O segundo conceito é que o espaço escolar decresce com o tempo. No início de nossa vida, a escola nos parece imensa, quase fantasmagórica. Os corredores não têm fim. Os professores são enormes. O corpo, a voz, as manias e a sabedoria deles não têm tamanho! No entanto, quando voltamos lá, décadas depois, vemos que ela não era tão grande e sentimos certa decepção. Corredores estreitos, salas apertadas. Parece que até os professores encolheram!

Mudamos nós ou mudou ela? É função da escola fazer com que o tamanho dela pareça menor quando se alargam os horizontes do aluno em relação ao conhecimento das Ciências, da literatura, da História, da Geografia. Quando faz isso, ela leva o jovem a ter coragem de participar e de caminhar com suas pernas pelo amplo mundo que o cerca! Quanto mais cumpre sua missão de ampliar os espaços de participação, mais a escola se encolhe, pois o aluno cresce em capacidade de ver e criar horizontes espaciais mais ousados e próprios.

Revista Nova Escola setembro de 2009Fernando José de Almeida

É filósofo, docente da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e vice-presidente da TV Cultura - Fundação Padre Anchieta.

FORMAÇÃO - ESTUDO EM 23 PAÍSES REVELA O CENÁRIO DA FROMAÇÃO CONTINUADA

Estudar para se desenvolver profissionalmente é uma prática frequente para 90% dos docentes das séries iniciais do segundo ciclo do Ensino Fundamnental de 23 países. Como ensinar as crianças e as novas tecnologias a serviço dos conteúdos são os temas que mais fazem falta na opinião deles.
80% dizem que não recebem formação suficiente
33% declaram ter recebido formação sificiente
A maioria afirma que , por falta de tempo participa pouco.